Há 18 dias, uma mãe aguarda notícias sobre o filho de 18 anos, que desapareceu. Essa tem sido a rotina da auxiliar de cozinha Franciele Iensen, 34 anos, moradora do Bairro Divina Providência, na zona norte de Santa Maria.
Brendon Lee Borges dos Santos manteve o último contato com a mãe em 8 de novembro. Franciele conta que o filho é dependente químico e costumava ficar fora de casa, no entanto, sempre avisava que estava bem e retornava para casa. Desta vez, foi diferente.
“Ele é usuário de cocaína e vende tudo que tem. Nós já internamos ele desde os 13, 14 anos”, relata a mãe.
Franciele diz que, ao que sabe, Brendon não teria dívidas com traficantes, pois quando ele estava devendo por compra de drogas, a família socorria o jovem, temendo alguma represália.
“Ele contava quando estava devendo, e eu e a avó dele ajudávamos a pagar. Eu tenho medo que ele tenha entrado na pedra”, conta a auxiliar de cozinha, referindo-se à droga conhecida como crack.
“Pensei que ele voltaria, como das outras vezes”
Quando Brendon sumiu, a mãe pensou que ele retornaria para casa, como costumava fazer. No entanto, no terceiro dia do sumiço do rapaz, Franciele resolveu registrar ocorrência de desaparecimento na Polícia Civil de Santa Maria.
Afastada do trabalho devido a problemas de saúde, Franciele vive com o marido, o pedreiro André Gonçalves dos Santos e mais três filhos na Rua Inspetor Goulart, no bairro da zona Norte.
Boatos dizem que corpo estaria no Cadena
Assim que Brendon desapareceu, a família foi atrás de informações junto a amigos de Brendon, mas ele não foi localizado. Dias depois, Franciele começou a receber ligações de pessoas dando pistas.
“Procura seu filho no Cadena”, disse uma pessoa que não se identificou.
Para tormento da mãe, duas meninas passaram na casa dela para informar que o corpo do jovem estaria no Arroio Cadena. A mãe não conhecia as meninas e ainda não conseguiu localizá-las no bairro.Em outra ligação, uma mulher informou ter visto Brendon na região do Bairro Nova Santa Marta, na zona oeste de Santa Maria. Brendon tem tatuagens, uma delas no rosto, que podem ajudar a identificá-lo.
Apesar de tantas informações desencontradas, inclusive a de que o jovem estaria morto, Franciele disse ao Paralelo 29 que ainda tem esperanças de encontrar o filho com vida.
Delegado diz que caso está sob investigação
O delegado Gabriel Gonzales Zanella, titular da Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP) de Santa Maria, que também investiga o desaparecimento de pessoas, disse ao Paralelo 29 que o caso está sob investigação.
“Estamos em contato com os familiares e tudo está sendo investigando”, afirmou Zanella.
Quem tiver pistas sobre o paradeiro de Brendon Lee pode ligar para a família pelo número (55) 9 8446-5103 ou para a DHPP pelo número (55) 3217-5078. FONTE https://paralelo29.com/
