Um policial militar à paisana se envolveu em uma briga de trânsito com o motorista de aplicativo, Luciano Ribas Real, 43 anos, ontem no centro de Santa Maria. Conforme relato da vítima, a discussão teria iniciado quando, ao deixar uma passageira na avenida Presidente Vargas, o policial à paisana teria reclamado de ter sido fechado por ele. A troca de ofensas continuou pela rua Floriano Peixoto. Ambos condutores estacionaram os veículos em um posto de combustíveis na mesma rua e no local, segundo Ribas, as agressões físicas começaram:

"Eu fui tirar foto do carro dele, pra ver se ele era mesmo policial. Foi quando ele veio pra cima de mim com um porrete, ou com uma espécie de taco de beisebol, pra me acertar na cabeça. Tentei me proteger com meus braços, por isso as marcas das lesões no meu antebraço (foto)", relata Ribas, que está com diversos hematomas pelo corpo causados pelos golpes.Ainda segundo o motorista de aplicativo, a Brigada Militar foi acionada, mas teria liberado rapidamente o brigadiano à paisana. Ribas registrou um boletim de ocorrência e uma denúncia no Ministério Público. Já nesta tarde, ele irá fazer exame de corpo de delito.

CARREATA DA PAZ

Em apoio a Ribas, nesta tarde, a Associação dos Motoristas por Aplicativos de Santa Maria (Amap-SM) irá fazer uma "carreata da paz" com concentração na Gare às 15h. A carreata irá até a sede da Brigada Militar, onde fica a Corregedoria, localizada na Rua Pinto Bandeira, 350, no bairro Nossa Senhora de Lourdes.O QUE DIZ A BRIGADA MILITAR

Em entrevista nesta terça-feira ao programa Bom Dia Cidade, o tenente-coronel Cleberson Braida Bastianello, Comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1?RPMon), disse que o policial envolvido não trabalha em Santa Maria e sim, em um destacamento no interior. O comandante ainda afirmou que "o fato é uma ocorrência de trânsito e não envolve uma atividade da Brigada Militar" e assegurou que "já foi determinada a apuração através de uma sindicância interna sobre a conduta do militar envolvido nesta briga de trânsito, além de responder pelo fato na esfera civil".

FONTE Bei