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RS será atingido por ciclone extratropical que deverá causar vento forte e chuva intensa
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Publicado em 01/05/2022
FORMAÇÃO DE CICLONE NO SUL DO BRASIL PODE TRAZER ATÉ 500 MM Cenário de enorme instabilidade atmosférica previsto entre esta segunda e a quarta-feira com uma ciclogênese (formação de ciclone) sobre o Sul do Brasil O episódio de chuva extrema que durará até a metade da semana, e que a MetSul advertiu vai trazer acumulados excepcionais de precipitação entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, teve início ontem e em poucas horas já proporciona acumulados elevados de precipitação em pontos dos estados gaúcho e catarinense com marcas superiores a 100 mm. Conforme dados da estações meteorológicas do Instituto Nacional de Meteorologia, do Centro Nacional de Desastres e da Epagri-Ciram, os volumes até o final da manhã deste domingo já atingiam 105 mm em Vacaria, 79 mm em Serafina Correa, 69 mm em Lagoa Vermelha, 63 mm em Saudades e 62 mm em São Joaquim. Hoje, a chuva não é excessiva e os volumes maiores ocorrem no Oeste catarinense e em pontos da Metade Norte gaúcha com 30 mm a 40 mm nos locais em que mais chover. Na maioria dos municípios destas áreas, os índices devem ficar entre 10 mm e 20 mm. O pior da chuva, entretanto, ocorre entre amanhã e quarta-feira no Sul do Brasil com previsão de acumulados de precipitação extremos. A instabilidade vai se intensificar com muita chuva e vento pela formação de um ciclone na região que gerará nuvens muito carregadas com aporte de umidade vinda da Amazônia. A chuva nesta segunda-feira tende a ser mais volumosa na Metade Norte do Rio Grande do Sul, no Planalto Sul Catarinense e no Sul de Santa Catarina com 100 mm a 150 mm em alguns pontos, o que deve trazer transtornos. Mais ao Norte de Santa Catarina e na Metade Sul gaúcha não são esperados altos volumes. O cenário se deteriora muito entre o Nordeste do Rio Grande do Sul e o Sul de Santa Catarina entre terça e quarta-feira, dias que serão de muita chuva e que vão se somar a prováveis acumulados de até 100 mm a 250 mm já registrados com a chuva de ontem, hoje e da segunda. Entre os dois dias, vórtice ciclônico começa a se organizar em um ciclone, o que resultará em vento por vezes forte e chuva forte mais generalizada que será muito intensa e excessiva com altos acumulados que podem atingir de 100 mm a 250 mm em 24 horas em alguns pontos principalmente do Nordeste gaúcho e do Sul catarinense. Na quinta, o episódio de instabilidade vai chegar ao fim com chance de chuva em pontos muito mais próximos da costa, bem menos volumosa, com a melhora do tempo na maior parte do Sul do Brasil com o ingresso de ar seco que vai proporcionar a presença do sol na esmagadora maioria dosa municípios da região. O que realmente preocupa é a sucessão de dias com chuva volumosa e os acumulados finais que vão ficar entre 200 mm e 300 mm em muitas cidades com registros pontuais tão extremos como 400 mm a 500 entre o Nordeste do Rio Grande do Sul e o Sul de Santa Catarina. Nas saídas deste domingo de madrugada e de manhã, todos os modelos numéricos regionais e globais insistem em indicar um cenário de chuva extrema. As projeções sinalizam os mais altos volumes para a Metade Norte gaúcha e o estado de Santa Catarina. A chuva tende a ser mais expressiva principalmente no Planalto Médio, Alto Uruguai, Serra, Litoral Norte e Aparados da Serra, no Rio Grande do Sul; e no Sul e no Leste do estado em Santa Catarina. Outras regiões dos dois estados e até pontos do Paraná, contudo, também podem ter acumulados pontualmente elevados de precipitação no período. Os mapas acima mostram as projeções de chuva do modelo meteorológico Icon e do modelo europeu (ECMWF), disponíveis ao nosso assinante na seção de mapas com até quatro atualizações diárias, com dados da rodada da 0Z de hoje, e os acumulados de precipitação previstos no Sul do Brasil até o final deste episódio de instabilidade. Como se observa, a maior probabilidade de chuva excepcional é entre o Nordeste do Rio Grande do Sul e o Sul de Santa Catarina com índices de 300 mm a 500 mm. Os dados na última rodada aumentaram ainda os volumes para a área de Florianópolis. Já para Porto Alegre reduziram as projeções de chuva, mas possivelmente voltarão a indicar aumento da chuva para a capital gaúcha. Haverá períodos de chuva forte a torrencial nas áreas de maior risco principalmente quando a baixa pressão passar a se aprofundar e atuar na costa na terça e na quarta-feira. A queda da pressão vai estimular nuvens de grande desenvolvimento vertical e uma maior instabilidade atmosférica, gerando episódios de chuva extrema em curto período. Haverá ainda o vento acrescentando a componente de chuva orográfica (associada ao relevo) que pode levar a acumulados até mais altos em alguns locais do que os projetados pelos modelos, especialmente em áreas de Serra e próximas no Nordeste gaúcho e no Sul e Leste catarinense. Por isso, a MetSul Meteorologia está advertindo que a chuva vai trazer muitos problemas e se configura em uma situação meteorológica de grave perigo com altíssima probabilidade de que se registrem alagamentos e inundações em zonas urbanas e rurais, deslizamentos de terra, cheias de rios, queda de barreiras, bloqueios parciais ou totais de rodovias por inundações ou desmoronamento de terreno, dentre outros riscos. RADIO WEB REGIAO OESTE SANTA MARIA FONTE MetSul.Com
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