Na madrugada desta quinta-feira (6), moradores de Santiago foram surpreendidos por um estrondo, causado pela queda de um raio na região, seguido de um alerta de terremoto emitido pelo Google. O aviso, enviado às 4h09min, aponta a detecção de um terremoto de magnitude 4,5 na Escala Richter – a Escala de Richter mas os terremotos não costuma ultrapassar o grau 10 –, sistema de medição que quantifica a intensidade de abalos sísmicos, de acordo com o sistema de alertas de terremoto do Android. No entanto, segundo a Defesa Civil do município, o alerta causou surpresa, visto que Santiago nunca registrou terremotos e, em razão da localização geográfica, assim como as demais regiões do Estado, não corre o risco. – Achamos muito curioso o fato das pessoas receberem esse alerta do Google e até fomos em busca de entender como funciona. Santiago de fato é uma das cidades do Rio Grande do Sul com maior incidência de raios e é comum que os estrondos causem a sensação de tremor. Mas, ainda que tenha sido forte, não se compara ao de um terremoto. Além disso, geograficamente, o Rio Grande do Sul não tem histórico de terremotos – explica Paulo Acosta, diretor da Defesa Civil de Santiago. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Santiago ocupa o 38º lugar no ranking de cidades gaúchas com maior densidade de descargas elétricas do Rio Grande do Sul. Assim, a incidência de raios no local também é maior. São Borja é a primeira cidade da lista.
Apesar do susto, Acosta ressalta que o município e cidades da região, como Jaguari, Unistalda, Itacurubi e Nova Esperança do Sul, não registraram estragos, como quedas de árvores e destelhamento de casas.
Desde 2020, os smartphones, que têm o Android como sistema operacional, contam com um sensor que funciona como um acelerômetro, capaz de detectar os movimentos do aparelho. Ao identificar um tremor semelhante ao de um terremoto, como o causado pelo estrondo do raio que caiu em Santiago, por exemplo, o Earthquake Alerts System envia um sinal ao servidor de detecção de terremotos do Google, juntamente com a localização aproximada do aparelho. O objetivo é ajudar na prevenção de danos causados pelos abalos sísmicos em países com maior incidência, como Indonésia, México e Japão. FONTE DIARIO SANTA MARIA