Desde o início da catástrofe socioambiental que atinge o Rio Grande do Sul (RS), o canal de denúncias Disque 100, da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC), registrou, até a manhã desta quinta-feira (9), 50 denúncias e demandas da sociedade civil.
Vinte dessas denúncias foram recebidas apenas nesta semana após a criação de um canal exclusivo para contribuir na localização de pessoas desaparecidas. Além disso, ainda é possível através do canal, reportar denúncias, obter informações sobre solicitação de ajuda ou orientações relacionadas aos temporais no estado.
Violações
Os públicos atingidos neste levantamento são pessoas em situação de privação de liberdade e pessoas desaparecidas em razão das fortes chuvas e enchentes. Os registros também apontam para famílias atingidas e uma violência contra população idosa.
Das 50 denúncias, duas são crianças desaparecidas, sete famílias atingidas, 16 pessoas em restrição de liberdade, oito adultos desaparecidos e seis pessoas idosas desaparecidas. As denúncias abrangem idades que vão de menos de 1 ano a 69 anos, incluindo pessoas do gênero masculino, feminino e intersexo.
Encaminhamentos
Após registrados, os casos foram encaminhados para órgãos como: Defesa Civil do Estado; Defensoria Pública; Delegacia de Proteção à Mulher; Superintendência de Serviços Penitenciários do RS (SUSEPE); Conselho Estadual do Idoso; Corregedoria do Tribunal de Justiça; Delegacia de Polícia Civil; e Conselho Tutelar.
Canal exclusivo
Desde a última terça-feira (7), o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) possui um canal exclusivo para reportar denúncias, solicitar ajuda ou orientações relacionadas aos temporais no estado.
Há uma opção específica para crianças e adolescentes desaparecidas ou desacompanhadas de pais ou responsáveis, em articulação com o Tribunal de Justiça do RS e Conselhos Tutelares.
Ainda é possível relatar sobre o desaparecimento de pessoas em geral, obter informações para solicitação de resgate imediato, para o socorro de pessoas conhecidas, obter informações sobre como pedir ajuda aos municípios atingidos e como se voluntariar para trabalhar na região ou oferecer doações.
Texto: E.G.
Edição: R.D.
Revisão: A.O.
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Para entrar em contato com a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, basta discar 100 do telefone fixo ou celular. O canal também pode ser acessado por meio do WhatsApp (61) 99611-0100; Telegram (digitar "direitoshumanosbrasil" na busca do aplicativo); site do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, disponível também para videochamadas em Língua Brasileira de Sinais (Libras).