Junho é o mês de transição, entre outono e inverno - estação que começa oficialmente no dia 21/06. Já chegamos na metade do ano com vários fenômenos meteorológicos, com a despedida do El Niño, chegamos a uma fase neutra no pacífico equatorial e poderemos terminar o inverno já com La Niña. Confira a tendência para junho separada por Regiões!
Na primeira quinzena de junho, o estado do Rio Grande do Sul será influenciado por bloqueios atmosféricos que trarão ar quente e seco, especialmente para o oeste e norte do estado. As temperaturas ficarão ligeiramente acima da média nos primeiros dez dias, com possibilidade de episódios de chuva forte, mas menos persistentes do que em maio. No final da primeira quinzena, espera-se uma queda acentuada nas temperaturas, iniciando uma segunda quinzena com menos chuvas, que ocorrerão de forma mais espaçada e breve.
A região da Grande Porto Alegre terá temperaturas próximas da normalidade. As chuvas serão ligeiramente acima da média no centro-leste e sul do estado, e entre a média e ligeiramente abaixo no extremo norte do Rio Grande do Sul.
Ao longo de junho, Santa Catarina deve ter chuva um pouco abaixo da média no extremo oeste do estado, um pouco acima no centro-leste, principalmente no litoral, por conta do padrão das frentes frias que vão avançar no decorrer do mês. As temperaturas ficam entre a média e um pouco acima do normal - podemos ter alguns dias mais frios em Florianópolis, mas, em geral, no decorrer de todo mês as temperaturas seguem um pouco mais altas do que a média e mesmo assim, não vai chegar a fazer muito calor.
O estado de São Paulo terá um junho marcado por ar seco e mais quente. Embora não tão quente quanto maio, bloqueios atmosféricos persistentes, porém menos intensos, ainda ocorrerão, permitindo a chegada ocasional de frentes frias e ar frio. Algumas áreas entre Minas, interior do Rio De Janeiro e do Espírito Santo devem ter chuvas também abaixo da média e temperaturas entre a média e um pouco abaixo nessas áreas; mesmo assim a tendência é que fique dentro do esperado por conta do ar seco que vai favorecer queda acentuada de temperatura durante as noites nessas áreas mais para o interior do Espírito Santo e do Rio e nas demais áreas de Minas. As tardes elas devem ser mais quentes, com temperatura um pouco acima da média na região do Triângulo Mineiro, que também fica mais próximo da rota do ar quente por conta da circulação das altas de bloqueio. A chuva ela deve ficar mais dentro da normalidade, no litoral de São Paulo e do RJ, assim como no sul do Espírito Santo.
O domínio, em geral, no mês vai ser de ar quente e seco, por conta da circulação de ventos favorecidas pela alta pressão do bloqueio, que vai fazer o ar quente passar sobre os estados de Mato Grosso do Sul e de Mato Grosso. Goiás e Distrito Federal, também terão um mês bem mais seco e com temperaturas ligeiramente acima da média, mas noites frias, principalmente em áreas do centro e do oeste destas regiões, por conta do ar seco. As tardes vão ser um pouco mais quentes do que a normalidade.
A chuva ela ainda vai ser frequente, mas ela tende a ficar entre a média e um pouquinho abaixo, em áreas mais próximas ali de Sergipe e na região do Recôncavo Baiano. Chuva mais próxima da média entre Maceió e Natal. Lembrando que esse mês a gente tem atuação mais proeminente de ondas de leste. Apesar dos modelos estarem prevendo chuvas abaixo da média na Região, com o Atlântico muito aquecido devemos ter o transporte de bastante umidade, com a aposta de que fique dentro da normalidade nessa faixa entre Maceió e Natal.
Já o interior do Nordeste deve ter um mês ainda bem seco; a chuva, ela vai ser pouco frequente, pouco volumosa, quase nada de chuva, na verdade, entre o Maranhão e o Ceará, no litoral desses estados, a chuva também tende a ficar um pouco abaixo da média com o afastamento da ZCIT - Zona de Convergência Intertropical; teremos alguns episódios de chuva, mas, com uma redução gradual ao longo do mês.
Na Região Norte as temperaturas também ficam acima da média em praticamente todas as áreas, a chuva vai ser menos volumosa, também áreas do centro-sul da Região, nessa época do ano já chove pouco nessas áreas e tende a ficar abaixo da média. A chuva diminui gradualmente ao longo do mês em áreas do centro norte do Amazonas e também no centro norte do Pará, podendo ainda ficar acima da média em Roraima. Temos tendência de bastante chuva no decorrer de junho (o que é normal para época) no extremo norte do Pará, inclusive na região de Belém e também em algumas áreas do litoral do Amapá, por influência da ZCIT, que vai ficar um pouco mais afastada da costa norte. Tem possibilidade de novas friagens acontecerem no sul da Região Norte ao longo do mês de junho, por conta dessa facilidade do ar frio escoar pelo interior do continente, devido às altitudes mais baixas, já que esse ar frio ele vai ter uma dificuldade maior para avançar pelo interior do Brasil.