Meteorologistas estimam que seca que está por vir pode ser pior que a registrada no começo do ano
Segundo dados da MetSul, o fenômeno La Niña atua desde agosto no Oceano Pacífico Equatorial e deve seguir impactando o clima do Sul do Brasil durante os próximos meses. Hoje, o La Niña tem intensidade moderada, mas a expectativa é que entre dezembro e janeiro atinja forte intensidade trazendo estiagem.
As tendências indicadas por modelos de clima são preocupantes, segundo os meteorologistas. Quase todos os modelos de clima internacionais apontam para o período da safra de verão 2020/2021 uma perspectiva de chuva abaixo a muito abaixo da média, em particular no Rio Grande do Sul.
Na Metade Norte, habitualmente, tende a chover mais no verão pela latitude e maior proximidade do canal de umidade do Sudeste e do Centro-Oeste do país, mas no Sul e no Oeste a climatologia aponta menos precipitação nos meses de verão.
A MetSul Meteorologia adverte que o Sul do Brasil passará por mais uma estiagem que pode ser, em alguns locais, mais severa do que a de 2019/2020, porque não houve recomposição hídrica suficiente. Com isso, pode ocorrer perda de produtividade, inclusive com quebra de safra em diferentes localidades, escassez de água para consumos humano e animal com racionamento em alguns municípios, baixa acentuada de níveis de rios e outros mananciais como barragens e açudes, além de risco de fogo em vegetação.
Fonte MetSul Meteorologia
Foto: Clécio da Silva / Defesa Civil