A ocupação de unidades intensivas em Santa Maria bateu um recorde negativo nesta quinta-feira. Eram 96,5% dos leitos ocupados, o que foi o maior índice de internações, mesmo com a abertura de novos leitos nesta semana. Os dados são do painel de monitoramento de internações da Secretaria Estadual da Saúde (SES). O recorde foi batido mesmo após o Hospital de Caridade abrir, nos últimos dias, 10 leitos de UTI a mais. O recorde, até então, era de 95,5%, em 1º de março, quando o total de UTIs na cidade era 134, e 127 pacientes estavam internados. Antes disso, em 28 de fevereiro, a cidade havia atingido os 94,8% de ocupação de UTIs. Agora, com 144 leitos, são 139 internações. Desses, 89 têm o diagnóstico ou suspeita para a Covid-19, o que representa 64% dos pacientes.
Em termos de evolução, a situação dos leitos clínicos é ainda mais preocupante. São 165 pacientes com Covid-19 em 182 leitos disponíveis. A ocupação, neste caso, é de 90,7%. Só que, há 15 dias, em 25 de fevereiro, o dado era de 70,1%.
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O uso de respiradores em UTIs também chama a atenção. Até a quarta-feira, 79,2% dos pacientes utilizavam o equipamento. A porcentagem subiu para 82,6% nesta quinta. Há 15 dias, o dado era de apenas 66,4%.
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POR HOSPITAL
Entre os cinco leitos de UTI livres, dois são da rede pública. Um fica no Hospital Regional, que tem 29 internados. O outro é do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm), que tem 33 internações.
Na rede privada, o Hospital de Caridade tem 68 internados em UTI, e mais dois leitos livres. De acordo com o diretor técnico do hospital, Luiz Gustavo Thomé, nesta quinta-feira o Caridade abriu mais 17 leitos clínicos e na quarta-feira fez a compra de 10 novos respiradores, que possibilitarão a criação de outros 10 leitos de UTI, em nova ala Covid-19. A previsão é que os equipamentos cheguem no dia 15 de março.
- É triste, bem triste. Nós chegamos a uma situação em que jamais imaginávamos. A gente tem feito de tudo. Quando eu disse, lá na metade de fevereiro, que a gente tinha a sensação de estar perdendo a guerra, na verdade não era nada perto do que nós estamos vivenciando hoje. A gente nem pode imaginar o que vai acontecer daqui para frente, temos de batalhar o dia de hoje - lamenta.
O Hospital São Francisco de Assis também tem unidades intensivas, mas não para o tratamento da Covid-19. Lá, são nove pacientes e um leito livre.
UTIs
- Caridade - 97,1%
- Regional - 96,7%
- Husm - 97,1%
- São Francisco de Assis - 90%
CLÍNICOS
- Caridade - 85.7%
- Regional - 87.5%
- Husm - 70%
- São Francisco de Assis - 0%
- Casa de Saúde - 90.9%
- Hospital da Base Aérea - 100%
- Hospital da Brigada Militar - 50%
- Hospital Geral da Unimed - 208,3%*
*Segundo o diretor técnico do Hospital Unimed, Claudio Azevedo, o planejamento inicial era de que os 12 leitos clínicos Covid ofertados pela instituição ficassem isolados, em quartos separados, mas como a demanda nos últimos dias cresceu, foi preciso colocar mais de um paciente por quarto, tornando o leito semi-privativo fonte https://diariosm.com.br/