Um dos motivos para o aumento da presença do mosquito é a sazonalidade. A circulação do inseto costuma aumentar nos meses de outubro a abril, mas este pode não ser o único motivo. De acordo com a Coordenadora do Programa Estadual de Vigilância e Controle do Aedes do Centro Estadual de Vigilância em Saúde do Estado, Carmen Gomes, a pandemia também pode ter contribuído para maior circulação do mosquito.— Há dois anos vivemos uma pandemia e ela influencia no trabalho dos agentes de controle de endemia dos municípios. Alguns foram afastados por estarem doentes, outros municípios optaram por manter o distanciamento e tiraram as equipes das ruas e também há casos que os profissionais foram direcionados para ajudar no combate à pandemia.
Em Porto Alegre, só na última semana, foram capturadas 444 fêmeas do Aedes aegypti, que são as transmissoras das doenças. De acordo com a vigilância sanitária, a aplicação de inseticidas só é realizada a partir da confirmação de casos de dengue ou da notificação de casos suspeitos de zika e chikungunya.Para ajudar na eliminação do Aedes aegypti, além de acabar com locais de água parada, que é onde a fêmea do mosquito deposita seus ovos, é necessário que os recipientes sejam higienizados, já que os ovos podem ficar cerca de um ano no mesmo local e eclodir quando houver contato com a água novamente.
Na semana epidemiológica 14, que compreende o período de 4 a 10 de abril de 2021, o Rio Grande do Sul tinha a confirmação de 1.444 casos de dengue, sendo que 1.400 são autóctones. fonte https://gauchazh.clicrbs.com.br/