A média móvel de novas mortes está em alta e, na sexta-feira (18), bateu a marca de 2 mil pelo terceiro dia seguido. A tendência de novos casos também está em alta e, na sexta, o país registrou o recorde de diagnósticos positivos registrados em um único dia desde o início da pandemia: 98.135. (entenda os critérios usados pelo G1 para analisar as tendências da pandemia).Em números totais, o Brasil segue como o segundo país com mais mortes por coronavírus registradas, atrás apenas dos Estados Unidos -- que esta semana superou a marca de 600 mil vítimas. A Índia aparece em terceiro, com mais de 380 mil óbitos.
Alguns fatores geram alerta para a perspectiva da doença no país.
A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Brasil, medida pelo Imperial College de Londres, subiu esta semana e está em 1,07. Isso significa que cada 100 pessoas com o vírus no país infectam outras 107.
O ritmo de vacinação segue baixo; foram poucos os dias em que o país registrou mais de 1 milhão de vacinados em 24 horas, meta declarada pelo governo ainda em março. Agora, a Fiocruz já calculou que seria necessário vacinar em média cerca de 1,7 milhão de pessoas por dia para atingir toda a população até o fim do ano.
Apesar de termos apenas cerca de 11% da população vacinada com as duas doses das vacinas, o presidente Jair Bolsonaro declara intenção de desobrigar o uso de máscaras para quem já se vacinou ou pegou a doença no passado, o que é duramente criticado por especialistas diante da situação atual.
Também segue caótica a situação no sistema de saúde brasileiro. O último boletim do Observatório Covid-19 Fiocruz, divulgado na quinta-feira (17), mostra que a ocupação dos leitos de UTI está em situação "crítica" em 18 estados e no Distrito Federal. Apenas dois estados aparecem com alerta “baixo”. Seis estados estão com alerta “médio”. fontehttps://g1.globo.com/