A policial penal identificada como Camila Bordin foi encontrada sem vida nesta quarta-feira (18) de dezembro em sua residência no Passo das Tropas, na região sul da cidade. Informações preliminares indicam que ela teria tirado a própria vida.
Camila deixa o esposo, também policial penal, e três filhos. Embora natural de Santa Maria, ela estava lotada em Passo Fundo. A Polícia Civil já iniciou a investigação para apurar as circunstâncias do óbito. Se confirmada a hipótese de suicídio, esse será o quinto servidor penitenciário gaúcho a cometer esse ato extremo em um período de um ano.
O Sindicato da Polícia Penal do RS (Sindppen) divulgou uma nota de pesar, destacando que os trabalhadores do sistema prisional gaúcho, que gerenciam cerca de 45 mil detentos, enfrentam grande impacto emocional. A falta de valorização, sobrecarga de trabalho, assédios e perseguições são apontados como fatores que agravam a saúde mental dos profissionais.
A tragédia reforça a urgência de um olhar mais atento sobre as condições de trabalho dos servidores penitenciários, que vivem sob constante pressão emocional. O apoio psicológico e a valorização desses profissionais são fundamentais para evitar que situações como essa se repitam.
A implementação de programas de apoio psicológico, com escuta ativa e acompanhamento constante, além da criação de espaços seguros para que os trabalhadores possam compartilhar suas dificuldades, é essencial. Instituições e autoridades precisam adotar medidas que promovam ambientes de trabalho mais saudáveis, com a redução da sobrecarga e do assédio, e garantir que os servidores tenham o suporte necessário para lidar com o estresse de suas funções, preservando sua saúde mental e bem-estar. fonte O Sindicato da Polícia Penal do RS (Sindppen)